Daúde nasceu no Candeal, Salvador, e mudou para o Rio de Janeiro aos 11 anos de idade onde vive. Estudou canto com o barítono Paulo Fortes na Escola de Música Villa-Lobos, Artes Cênicas na Escola Martins Pena. Formou-se em Letras, Português, Literatura, e é pós-graduada em História Africana.
Começou sua carreira musical cantando em peças teatrais e casas noturnas, quando apareceu o convite para gravar seu primeiro CD "Daúde" em 1995, com o qual conquistou a crítica especializada, ganhando os prêmios Sharp de Música, APCA (Associação dos Críticos de Arte de São Paulo), e dos leitores do Jornal do Brasil. Nesse álbum, ela acabou promovendo um encontro entre as várias linguagens musicais que tiveram sua origem na África, das mais modernas e às mais tradicionais. Entre as faixas desse álbum, estão "Véu Vavá" (homenagem feita ao pai da cantora por Carlinhos Brown, seu vizinho de Candeal) e "As Quatro Meninas", de domínio público.
Dois anos depois, lançou "Daúde #2", produzido por Celso Fonseca e o produtor inglês Will Mowat (do grupo Soul II Soul). "Pata Pata" (versão do sucesso da sulafricana Miriam Makeba), "Vamos Fugir" (de Gilberto Gil e Liminha, cantada em dueto com Djavan), "Une Chanson Triste" (de Herbert Vianna) e a releitura eletrônica do jongo "As Baratas" (de Darcy da Serrinha) foram algumas das faixas desse CD que reforçou sua presença no mercado exterior.
Depois de uma turnê na Europa,lançou "Simbora" em 1999, um CD de remix onde reuniu músicas de seus primeiros álbuns, tendo como objetivo vincular as novas interpretações ao prazer de dançar. A sonoridade deste CD funde definitivamente a música de Daúde, a MPB e os recursos usados na música eletrônica, afirmando a importância de produtores musicais e DJs como artistas criativos e necessários nesta atual cena musical. A novidade ficou por conta de "Venus", versão da música de mesmo nome, do grupo sueco Shocking Blue, feita pela cantora em parceria com Cris Braun.
Daúde foi a primeira brasileira a ser contratada pelo selo "REAL WORLD" pertencente a Peter Gabriel. Seu último álbum "Neguinha te Amo" de 2003 (já postado aqui) homenageou as mulheres e colaborou para que o público internacional tivesse outra visão da música brasileira, transcendendo clichês estabelecidos ou estereótipos tropicais.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Daúde
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